Que a cruz seja loucura para os que crêem isso nos já sabemos, mas a loucura da cruz não é necessariamente a cruz em si, mas tudo a ela relacionado, como o nascimento, crescimento, ensino, sofrimento e a cruz de Jesus. A própria vida de Jesus já era muito louca. Vivia quebrando dogmas, descumprindo a lista dos fariseus, comendo e bebendo com pecadores, não tinha receio de ser tocado por ninguém, nem por uma mulher pecadora; ora curava e dizia para não contar, logo depois curava outro e dizia para que contasse aos seus.
Com relação ao ensino, Jesus poderia ser taxado por nós como o discipulador desleixado, afinal quem viu Jesus querendo exercer domínio sobre qualquer um de seus discípulos. Jesus nunca inquiriu nada deles além de fé.
Veja o exemplo de Judas. Este começou bem, foi chamado por Jesus para ser um dos doze, participou de uma “cruzada” evangelística com os demais discípulos após terem recebido autoridade para curar enfermos e expulsar demônios. Tentou se passar por piedoso ao dizer que o perfume com que Maria, irmã de Lázaro, ungia os pés de Jesus deveria ser vendido e o dinheiro dado aos pobres, não pelo cuidado aos pobres, mas porque era ladrão e tirava para si o que era colocado na bolsa de ofertas. Planejou junto com os sacerdotes como Jesus deveria ser entregue e a quantia do serviço, trinta moedas. Traiu a Jesus com um beijo e ainda recebeu de Jesus consideração e amor, afinal este lhe disse: amigo para que vieste? Se fossemos eu e você, sinceramente, não chamaríamos a Judas de amigo, mas de..., deixa para lá.
A pergunta é: Não sabia Jesus de tudo isso? Poderia Ele ter evitado? Sim, mas não o vez. Deixou Judas livre em seu caminho para aprender. Nunca tentou colocar Judas em nenhum molde, exigindo dele alguma postura exterior que demonstra-se mudança, mas o deixou livre para caminhar, assim como os outros. Nunca acusou-os de nada, mesmo sabendo tudo. Mesmo sabendo que, assim como Judas, todos os outros onze de alguma forma, viriam a traí-lo.
E Pedro. Jesus sempre soube que o trairia também, mas alguma vez você vê Jesus querendo condicionar Pedro dessa ou daquela forma para que ele não o fizesse. Querendo controlar a vida de Pedro, sistematizá-lo ou doutriná-lo de forma a evitar a tal traição? Não, Jesus nunca vez isso, a não ser de forma pontual, no momento certo. E mesmo após a traição de Pedro, ao se encontrar com os dez, perguntou: onde está Pedro? Queria vê-lo e marcou um encontro a beira mar com peixe assado e pão. Nada inquiriu de Pedro a não ser amor.
Então de onde vêem essa mania de se querer controlar pessoas, dizendo a elas como se deve fazer, desse ou daquele jeito, conforme uma cartilha já pré-estabelecida. Vêem do nosso senso de controle e massificação, onde sempre buscamos “doutrinar” os discípulos de Jesus como se fossem discípulos nossos, ou por medo ou receio de que o tal se “perca”. Conforme a nossa “experiência” e por acharmos que se assim foi com agente e deu certo, deve ser com os demais e empurramos goela abaixo e determinamos que os que assim não se adequarem estão com um pé no inferno, rebeldes e descrentes, uma ameaça para a comunidade.
Porém, não será assim entre nós, disse Jesus. Aquele que quiser ser o maior entre vos seja o que vos sirva, disse Ele. O Espírito nos conduz na verdade e se a ouvirmos, teremos os nossos caminhos aplanados para crescer em graça e conhecimento, ainda que erremos. Seremos irmãos-amigos uns dos outros, consolando-nos e exortando-nos uns aos outros em amor, fazendo discípulos não de nós mesmos, mas de Jesus.
Texto inspirado na reunião dominical de 28/07/08.
Com relação ao ensino, Jesus poderia ser taxado por nós como o discipulador desleixado, afinal quem viu Jesus querendo exercer domínio sobre qualquer um de seus discípulos. Jesus nunca inquiriu nada deles além de fé.
Veja o exemplo de Judas. Este começou bem, foi chamado por Jesus para ser um dos doze, participou de uma “cruzada” evangelística com os demais discípulos após terem recebido autoridade para curar enfermos e expulsar demônios. Tentou se passar por piedoso ao dizer que o perfume com que Maria, irmã de Lázaro, ungia os pés de Jesus deveria ser vendido e o dinheiro dado aos pobres, não pelo cuidado aos pobres, mas porque era ladrão e tirava para si o que era colocado na bolsa de ofertas. Planejou junto com os sacerdotes como Jesus deveria ser entregue e a quantia do serviço, trinta moedas. Traiu a Jesus com um beijo e ainda recebeu de Jesus consideração e amor, afinal este lhe disse: amigo para que vieste? Se fossemos eu e você, sinceramente, não chamaríamos a Judas de amigo, mas de..., deixa para lá.
A pergunta é: Não sabia Jesus de tudo isso? Poderia Ele ter evitado? Sim, mas não o vez. Deixou Judas livre em seu caminho para aprender. Nunca tentou colocar Judas em nenhum molde, exigindo dele alguma postura exterior que demonstra-se mudança, mas o deixou livre para caminhar, assim como os outros. Nunca acusou-os de nada, mesmo sabendo tudo. Mesmo sabendo que, assim como Judas, todos os outros onze de alguma forma, viriam a traí-lo.
E Pedro. Jesus sempre soube que o trairia também, mas alguma vez você vê Jesus querendo condicionar Pedro dessa ou daquela forma para que ele não o fizesse. Querendo controlar a vida de Pedro, sistematizá-lo ou doutriná-lo de forma a evitar a tal traição? Não, Jesus nunca vez isso, a não ser de forma pontual, no momento certo. E mesmo após a traição de Pedro, ao se encontrar com os dez, perguntou: onde está Pedro? Queria vê-lo e marcou um encontro a beira mar com peixe assado e pão. Nada inquiriu de Pedro a não ser amor.
Então de onde vêem essa mania de se querer controlar pessoas, dizendo a elas como se deve fazer, desse ou daquele jeito, conforme uma cartilha já pré-estabelecida. Vêem do nosso senso de controle e massificação, onde sempre buscamos “doutrinar” os discípulos de Jesus como se fossem discípulos nossos, ou por medo ou receio de que o tal se “perca”. Conforme a nossa “experiência” e por acharmos que se assim foi com agente e deu certo, deve ser com os demais e empurramos goela abaixo e determinamos que os que assim não se adequarem estão com um pé no inferno, rebeldes e descrentes, uma ameaça para a comunidade.
Porém, não será assim entre nós, disse Jesus. Aquele que quiser ser o maior entre vos seja o que vos sirva, disse Ele. O Espírito nos conduz na verdade e se a ouvirmos, teremos os nossos caminhos aplanados para crescer em graça e conhecimento, ainda que erremos. Seremos irmãos-amigos uns dos outros, consolando-nos e exortando-nos uns aos outros em amor, fazendo discípulos não de nós mesmos, mas de Jesus.
Texto inspirado na reunião dominical de 28/07/08.
Um comentário:
poxa délio!!!
maravilha de texto.
abração mano
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